A Dínamo, associação sem fins lucrativos focada na construção de iniciativas e políticas públicas para fomentar o ecossistema de startups, vem à público se posicionar sobre as novas proposições da B3 sobre a inclusão de mulheres, de pessoas negras e de pessoas LGBTQIAP+ nos Conselhos e Diretorias de empresas de capital aberto. 

A Dínamo foi criada em 2015 e nosso objetivo é ser uma ponte entre a sociedade civil organizada (startups, associações, empresas, etc) e o governo, em suas diferentes instâncias, por meio de articulação política, disseminação de informação e engajamento da sociedade civil e stakeholders, e apoio especializado em discussões sobre o tema de empreendedorismo tecnológico.

Um dos pilares de atuação da Dínamo é o “Sociedade – Diversidade e Inclusão”. A partir deste pilar, propomos Políticas Públicas afirmativas de fomento ao protagonismo de pessoas negras e de mulheres no Empreendedorismo, e também nos posicionamos mediante ações de relevância e impacto para o mundo dos negócios e das startups.

Desta forma, diante das recentes notícias de que a B3 vai exigir que as corporações incluam em seu conselho administrativo ou diretoria estatutária ao menos uma mulher e uma pessoa representante de grupos minorizados (aqueles que são alvo de discriminação e têm menor presença em espaços de poder e influência como as pessoas negras, PcD e LGBTQIA+), a Dínamo se posiciona favoravelmente e entende que medidas como essas se fazem necessárias e urgentes para a transformação do ambiente de negócios no Brasil, assim como de toda a sociedade brasileira, marcada historicamente pela desigualdade de oportunidades e participação plena de determinados grupos em detrimento de outros na sociedade e economia. Apoiamos, por extensão, toda e qualquer iniciativa que vise informar, fomentar o debate e construir novas práticas que contribuam para extinguir pensamentos, discursos e atitudes racistas e machistas, algo infelizmente ainda enraizado na cultura brasileira. 

A proposta da B3 está aberta à discussão da sociedade até dia 16 de setembro, em audiência pública. Contribuições devem ser mandadas pelo e-mail sre@b3.com.br 

Internamente, a Dínamo também tem agido no tema. Este ano criamos um Grupo de Trabalho com composição intencionalmente representativa para nos ajudar a compreender e analisar o contexto de pessoas negras e mulheres no que se refere a acesso a oportunidades no contexto das startups. Em 2021 e este ano, com o apoio da Consultora em D&I, Arlane Gonçalves, lançamos dois volumes do Mapeamento de Iniciativas e Políticas Públicas em Diversidade no contexto das startups. É nosso propósito compreender os desafios atuais para uma efetiva participação destas duas populações no ecossistema de startups. E é nosso trabalho articular e trabalhar para que este cenário mude. Afinal, desde 22 de abril de 1550, como o Brasil tem tratado as pessoas negras e as mulheres que empreendem e lideram negócios e negócios tecnológicos?

Quer saber mais sobre as iniciativas em Diversidade e Inclusão realizadas pela Dínamo? Acesse: https://www.dinamo.org.br/diversidade

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/08/b3-propoe-exigir-mulher-negro-e-lgbtqia-no-primeiro-escalao-de-empresas-na-bolsa.shtml